Ver os colaboradores de uma empresa atingindo o seu máximo potencial com entregas melhores é um dos objetivos de qualquer profissional do RH. É possível alcançar isso de várias maneiras, como a qualificação profissional e a gestão humanizada. Além dessas, uma ferramenta que não pode ficar de fora é o PDI (Plano de Desenvolvimento Individual).
Essa solução é capaz de aumentar o potencial dos colaboradores, bem como estimular sua motivação e produtividade. Para que sua empresa colha todos esses benefícios, é necessário que esse desenvolvimento de competências seja bem executado.
Se quer saber melhor como e por que fazer isso, está no artigo certo. Aqui você encontra os seguintes tópicos:
• o que é o PDI;
• os benefícios de montar um PDI;
• como desenvolver um PDI;
• principais erros e desafios.
Vamos lá?
O que é o PDI
O Plano de Desenvolvimento Individual é um termo que encapsula os interesses e objetivos do colaborador com os da empresa. Assim, são criadas diversas metas e planos de ação levando em conta ambas as partes.
Para alcançar esses objetivos, o colaborador também precisará desenvolver certas competências e, se necessário, até aprender a trabalhar com novas ferramentas, linguagens ou programas.
Vale mencionar também que o PDI pode acontecer de maneira autônoma por parte do colaborador, visto que é um recurso feito para e por qualquer pessoa que está interessada no autoaprimoramento. Ainda assim, os resultados são maiores quando a organização apoia seu funcionário nessa jornada.
Dessa forma, ele se sente motivado a ir além, aprender e entregar mais, visto que os próprios interesses estão sendo considerados no plano e ele conta com o apoio de especialistas. A organização, por sua vez, além de estar apoiando e investindo tempo em um colaborador que terá um nível maior de capacitação, também se beneficia com as entregas de melhor qualidade e um nível maior de motivação e engajamento.
Os benefícios de montar um PDI
Antes de tentarmos implementar novidades na nossa maneira de trabalhar e na dos outros, é importante saber quais os benefícios dessa mudança. Pensando nisso, vamos elencar as principais vantagens na construção do PDI. Veja!
Mais motivação e entregas melhores
Normalmente o departamento pessoal ou líderes de equipes quebram a cabeça pensando em como aumentar a motivação. É normal, pois manter os colaboradores engajados é essencial. O PDI auxilia muito nisso, porque a pessoa sente que está em desenvolvimento e genuinamente interessada pelo resultado dos seus esforços.
Melhoria nas relações do trabalho
Quando empresa e colaborador se unem para discutir metas e capacitação, ele se sente reconhecido e valorizado. Mais do que isso: recebe a oportunidade de discutir, rever e, principalmente, construir a forma de trabalhar. Com isso, além de ganhar mais capacitação ao longo da experiência, o colaborador contribui no planejamento de uma rotina mais pensada nas suas necessidades.
Melhoria na organização da empresa
Quando a empresa realiza o trabalho de, com o colaborador, analisar suas competências, pontos fortes e fracos, objetivos e desejos, ela entende como usar ao máximo suas características positivas. Compreende, também, como distribuir melhor tarefas e funções, visto que tem um extenso conhecimento dos colaboradores.
Fortalecimento dos colaboradores
Não podemos nos esquecer de um dos pontos mais importantes: o aprimoramento das habilidades dos colaboradores. Com o PDI, cada pessoa terá mais capacidade de cumprir exatamente o que é esperado dela, estimulando talentos e criando profissionais mais qualificados para trabalhar com a organização.
Amadurecimento da relação entre gestor e equipe
Por fim, um dos pontos mais importantes é a aproximação entre líderes e colaboradores. Com isso, há uma relação maior de confiança, respeito e trabalho, já que ambos se entendem.
Como desenvolver um PDI
Uma vez compreendido o conceito de PDI e também os seus principais benefícios, é possível discutir as melhores maneiras de implementá-lo. Sendo uma ferramenta tão pessoal, ela exige muito diálogo e, por vezes, talvez seja preciso modificar o caminho clássico para melhor adequar as necessidades da organização ou do colaborador.
Assim, os passos aqui descritos para realizar o Plano de Desenvolvimento Individual não são regras. É possível realizar alterações. Vamos entender as suas etapas.
Definição de objetivos e metas
Para garantir alinhamento em qualquer projeto, é essencial estabelecer metas e objetivos. Caso contrário, toda a motivação e desejo dos colaboradores acabam sem direção, o que eventualmente leva à frustração.
Uma boa definição de metas entende os objetivos da empresa, os problemas mais recorrentes na área em questão e as dificuldades dos colaboradores nessa área da empresa.
Suponhamos que a empresa queira aumentar suas vendas e já sabemos que, com frequência, a equipe de vendas acaba demorando mais para concluir um negócio porque tem dificuldades em expor os benefícios ou as vantagens de determinados produtos ou serviços.
Tendo esse conhecimento, já é possível começar a traçar um conjunto de metas para o desenvolvimento pessoal de um colaborador dessa área.
Análise de ferramentas e custos
Apesar de serem coisas diferentes, as duas andam de mãos dadas. Nessa etapa, é importante definir quanto é possível investir nesse processo, ou seja, os custos. Para decidir isso, é essencial avaliar as possíveis fontes de gastos. Nisso podemos incluir as ferramentas necessárias para avaliação, o treinamento e até mesmo a necessidade de contratar serviços externos, como plataformas e softwares.
Outro ponto importante é, ao falar em custos, não pense apenas nos financeiros. O investimento de tempo e esforço também é uma questão a ser avaliada, visto que esses são recursos preciosos.
Definição de um cronograma
Projetos sem datas tendem a se estender indefinidamente. Para garantir que os colaboradores se mantenham ativos no PDI e evitar a procrastinação, definir um conjunto de datas é essencial. Portanto, para cada meta ou ação, estabeleça um prazo exequível para sua conclusão. É importante lembrar que cronogramas irreais podem ser tão prejudicais quanto cronograma nenhum. Vamos abordar mais sobre esse ponto no texto.
Rodada de avaliações e feedbacks
Uma vez aplicado o PDI, é importante avaliar o seu funcionamento. Isso deve acontecer tanto de maneira objetiva, a partir de métricas e análises, como de maneira subjetiva, conversando com os participantes e gestores para entender o que foi alcançado, o que funcionou e quais foram os empecilhos.
Com essas informações em mãos, estruture um feedback e compartilhe com os profissionais que participaram. Isso é importante para que eles possam avaliar o próprio sucesso, entendendo quais foram seus pontos fortes e fracos.
Principais erros e desafios
A essa altura, já deve ter ficado clara a importância do PDI e também a sua complexidade. Seus benefícios se igualam a seus desafios e, por isso, é tão importante manter a atenção nos erros mais comuns que os profissionais encontram ao implementar um Plano de Desenvolvimento Individual. Mais que isso! É essencial se preparar para os aspectos mais complexos desse desafio.
Veja só!
Metas e cronogramas inatingíveis
Manter a motivação, seja no âmbito profissional ou pessoal, envolve trabalhar com objetivos e datas. É a perspectiva futura da melhora que mantém as pessoas ativas em seus propósitos. Já o contrário é uma das maiores causas de desmotivação.
Quando um colaborador começa a ter dificuldades de seguir um cronograma, ou as metas são tão difíceis que parecem inatingíveis, é provável que ele não enxergue mais o propósito de continuar se esforçando. Para evitar isso, é importante colocar metas e cronogramas estimulantes e também possíveis.
Falta de conhecimento ou diálogo com o profissional
Se o colaborador não se sentir representado pelo seu PDI, é muito difícil manter a motivação. Por isso, é essencial garantir que as necessidades e ambições dos profissionais estejam presentes nos seus Planos de Desenvolvimento Individuais. A melhor maneira de alcançar esse objetivo é a partir do diálogo sincero com os profissionais.
Pouco acompanhamento com o profissional
Manter metas e iniciar novos hábitos é difícil para a esmagadora maioria dos seres humanos. Até mesmo o melhor e o mais motivado dos profissionais pode acabar encontrando obstáculos e se desanimar sem os estímulos necessários.
Uma maneira de evitar ou até reverter isso é investir tempo em acompanhar periodicamente os colaboradores envolvidos em um PDI. Só a presença periódica de um profissional acompanhando e avaliando o seu progresso pode servir como motivação o suficiente para que as pessoas se mantenham fiéis aos seus planos.
Não se dedicar aos feedbacks
Muitos profissionais acreditam que isso não chega a ser um problema, mas isso é um equívoco. Já percebemos que o PDI é algo que requer muito tempo e atenção para que seja bem executado e ofereça todos os benefícios. Sem o feedback ao final de tudo, o colaborador deixa de absorver todos os aprendizados que poderia.
Assim, não desperdice seu esforço finalizando o Plano de Desenvolvimento Individual sem antes colher e oferecer feedbacks.
Que tal aplicar esse conhecimento na sua organização?
Agora que você já sabe o que é e como fazer um PDI, é possível aplicá-lo com os colaboradores na sua empresa. Essa é uma ferramenta complexa e específica, que exige muito diálogo e atenção. Mas, quando bem aplicada, apresenta benefícios significativos para os profissionais e a empresa como um todo.
Por isso, aproveite esse texto para auxiliar os seus colaboradores na construção de um Plano de Desenvolvimento Individual e veja quão benéfica essa estratégia é!