O herpes-zóster, conhecido popularmente como cobreiro, é uma infecção viral dolorosa causada pelo varicela-zóster, o mesmo vírus da catapora.
Neste artigo, exploraremos sintomas, tratamentos, a importância da vacinação e medidas preventivas, com insights da Dra. Mirian Dal Ben, infectologista credenciada Omint. Ela oferece esclarecimentos sobre dúvidas comuns e orientações essenciais para prevenir e lidar com essa condição.
O que é herpes-zóster?
O herpes-zóster é causado pelo vírus varicela-zóster, o mesmo responsável pela catapora. Após a recuperação da catapora, o vírus permanece em estado latente nos tecidos nervosos próximos à medula espinhal e ao cérebro.
Com o passar dos anos, o sistema imunológico pode enfraquecer, reduzindo a quantidade de anticorpos produzidos durante a catapora e permitindo que o vírus seja reativado. Quando isso ocorre, o vírus se manifesta como herpes-zóster, geralmente em uma área específica da pele inervada por um nervo particular, conhecido como dermátomo.
Segundo a Dra. Mirian Dal Ben, os sintomas normalmente começam com dor localizada intensa, como no tórax ou na perna, seguida por uma erupção cutânea caracterizada por bolhas cheias de líquido, que evoluem para vermelhidão e grande desconforto. “A principal complicação do herpes-zóster é a dor, que pode ser incapacitante e é chamada de neuralgia pós-herpética”, ressalta a Dra. Mirian.
Quais são os sintomas típicos do herpes-zóster e como ele é diagnosticado?
Os sintomas iniciais incluem dor, formigamento ou queimação em uma área específica do corpo. Esses sintomas são seguidos por uma erupção cutânea que evolui para bolhas com líquido, geralmente concentradas em um lado do corpo. Outros sintomas podem incluir febre, dor de cabeça e mal-estar geral.
O diagnóstico é geralmente clínico, feito por meio do exame físico das lesões características. A Dra. Mirian Dal Ben acrescenta que “o diagnóstico de herpes-zóster é baseado nos sintomas clínicos do paciente, o que permite ao médico fazer o diagnóstico com precisão”.
Quais tratamentos são recomendados para pacientes com herpes-zóster?
O tratamento tem como objetivo reduzir a dor e acelerar a cicatrização das lesões. Os antivirais, são eficazes quando iniciados nas primeiras 72 horas após o aparecimento da erupção. Dra. Mirian enfatiza que, quanto mais precoce for o início do tratamento antiviral, menores as chances de o paciente desenvolver dor crônica.
Além dos antivirais, analgésicos e anti-inflamatórios são prescritos para aliviar a dor. Em casos graves, analgésicos opioides podem ser necessários. A infectologista também menciona o uso de adesivos anestésicos para ajudar no alívio da dor.
Existe vacina disponível para prevenir o herpes-zóster?
A vacina mais recente é altamente segura, com eficácia de 96% a 98% na prevenção do herpes-zóster e suas complicações, incluindo a neuralgia pós-herpética. Essa vacina é recomendada para adultos com 50 anos ou mais e é administrada em duas doses. A Dra. Mirian destaca que a imunização é recombinante sem vírus vivos, o que a torna eficiente até mesmo para indivíduos imunocomprometidos.
Quem são os candidatos ideais para receber a vacina contra o herpes-zóster?
Os candidatos ideais são pessoas com 50 anos ou mais e adultos com maior risco de desenvolver herpes-zóster, como pessoas com doenças crônicas ou sistema imunológico comprometido.
A Dra. Mirian afirma que “não existem contraindicações significativas para a vacina, pois ela não contém vírus vivos e é segura para indivíduos com imunossupressão”.
Além da vacinação, quais são as medidas preventivas?
Manter um sistema imunológico saudável é crucial. Isso inclui uma dieta equilibrada, exercícios regulares, sono adequado e gestão do estresse. A especialista ressalta que é difícil evitar o herpes-zóster sem a vacina, especialmente para aqueles com imunossupressão não voluntária, como pacientes em tratamento oncológico ou com doenças autoimunes.
Quem teve herpes-zóster pode tomar a vacina?
A vacinação é recomendada mesmo para aqueles que já tiveram a doença, pois pode ajudar a prevenir futuras reativações do vírus e reduzir o risco de complicações, como a neuralgia pós-herpética.
O herpes-zóster é contagioso?
O herpes-zóster em si não é diretamente contagioso. No entanto, o vírus varicela-zóster, responsável pelo herpes-zóster, pode ser transmitido a pessoas que nunca tiveram catapora ou que não foram vacinadas contra a varicela.
Nesse caso, a pessoa exposta ao vírus não desenvolverá herpes-zóster, mas catapora. A transmissão ocorre por meio do contato direto com as lesões do herpes-zóster até que estas formem crostas. Para evitar a transmissão, é importante cobrir as lesões e manter boas práticas de higiene, como lavar as mãos regularmente.
Conclusão
Em resumo, o herpes-zóster é uma condição dolorosa que pode ser prevenida com a vacinação e cuidados com o sistema imunológico. A Mirian Dal Ben reforça a importância da vacinação para adultos acima de 50 anos e indivíduos com risco aumentado, destacando a eficácia e a segurança da vacina.
Com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é possível minimizar as complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados por essa condição.
Cuide-se e até a próxima!