Seguro de vida entra no inventário?

Entenda a relação entre seguro de vida, herança e inventário e proteja o futuro da sua família com informações essenciais.

Publicado por Morgana Parisi

29 de agosto de 2024

Você já considerou os impactos financeiros que sua ausência poderia ter sobre sua família? Se você já refletiu sobre a finitude e se preocupa com o futuro, essa questão provavelmente já passou pela sua mente.

Como se preparar para garantir a proteção da sua família e assegurar a continuidade da renda familiar? O seguro de vida foi projetado para proporcionar segurança financeira a você e aos seus entes queridos, oferecendo liquidez imediata em momentos delicados.

Além disso, o seguro de vida oferece benefícios que podem ser aproveitados ainda em vida, como coberturas para imprevistos, como acidentes ou doenças graves, e assistência para serviços em sua residência.

Saiba mais sobre a relação entre seguro de vida, herança e inventário a seguir.

O que é um inventário?

Quando ocorre um falecimento, é necessário organizar os bens do falecido para que sejam transferidos formalmente aos herdeiros.

Essa transferência não acontece automaticamente; é preciso iniciar um inventário por morte, um processo legal e obrigatório que organiza o legado patrimonial do falecido. Mesmo que a pessoa não tenha deixado dívidas ou bens, o inventário ainda é necessário.

O inventário deve ser iniciado dentro de 60 dias após o falecimento. Caso contrário, incide uma multa sobre o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), que é calculado com base em uma porcentagem do total do patrimônio deixado pelo falecido.

Durante o inventário, são levantadas todas as dívidas, prestações e empréstimos do falecido, além dos bens, como imóveis, investimentos, saldo bancário, aplicações financeiras, veículos e bens pessoais.

Se o falecido deixou dívidas, elas são pagas com o patrimônio antes da divisão entre os herdeiros. A prioridade é quitar as dívidas com os bens e, somente após isso, realizar a partilha do que restar, se houver.

O inventário é crucial não apenas para assegurar uma divisão justa dos bens entre os herdeiros, evitando disputas, mas também para regularizar a transmissão dos bens, atendendo às exigências fiscais e ao pagamento de impostos e taxas necessários.

Após o inventário, os herdeiros podem usufruir legalmente do patrimônio recebido.

Herança e inventário são a mesma coisa?

Como discutido anteriormente, o inventário é uma etapa importante que garante a divisão justa dos bens entre herdeiros e beneficiários. A herança, portanto, resulta do inventário e abrange o conjunto de bens, direitos e obrigações a serem transferidos aos herdeiros.

A divisão da herança segue o artigo 1.829 do Código Civil, que define a ordem de sucessão dos herdeiros necessários. Na ausência de um herdeiro estabelecido pela lei, os bens são transferidos para os herdeiros subsequentes, de acordo com a ordem de prioridade estabelecida:

  • Descendentes (filhos, netos, bisnetos etc.) e cônjuge/companheiro
  • Ascendentes (pais, avós, bisavós etc.) e cônjuge/companheiro
  • Se não tiver descendentes e ascendentes, o cônjuge/companheiro
  • Se não houver descendentes, ascendentes ou cônjuge/companheiro, parentes colaterais (irmãos, sobrinhos, tios e primos)

Se o falecido deixou um testamento, 50% dos bens serão destinados aos beneficiários e instituições escolhidos por ele, enquanto os outros 50% serão divididos entre os herdeiros necessários.

Devido à complexidade e às implicações legais do inventário, é fundamental contar com a assistência de advogados.

O processo pode ser longo, desde a apuração dos bens até a distribuição da herança líquida, ou seja, a parte que será efetivamente dividida entre os herdeiros.

Atualmente, as alíquotas do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) podem chegar a 8%, de acordo com a legislação estadual, pois algumas unidades da federação adotam percentuais diferentes, dependendo do tipo de transmissão e do valor dos bens.

No entanto, está em tramitação projeto de lei complementar à reforma tributária, que discute a taxação. Caso a nova proposta seja aprovada pelo Congresso Nacional, esse percentual pode dobrar, atingindo até 16%.

Ou seja: para acessar a herança patrimonial, o herdeiro precisa lidar com as despesas de inventário, que incluem impostos estaduais, honorários advocatícios e despesas de cartório, que, somados, podem chegar a 15% do valor total do patrimônio. Com a atualização tributária, o desembolso total pode atingir 25%.

E quanto ao seguro de vida? Como ele se encaixa nessa situação?

Contratar um seguro de vida é uma estratégia eficaz para minimizar gastos e burocracias em caso de falecimento, proporcionando suporte financeiro imediato aos familiares. Isso ocorre porque, conforme o artigo 794 do Código Civil, o seguro de vida não precisa ser incluído no inventário.

Dessa forma, uma parte do patrimônio permanece separada, e, em caso de morte, os beneficiários podem acionar a seguradora para receber a indenização em até 30 dias.

Além disso, a indenização do seguro de vida é isenta de Imposto de Renda e, por não integrar o inventário, também é isenta de ITCMD.

Com isso, os beneficiários — sejam herdeiros necessários ou outras pessoas designadas pelo falecido — recebem o valor líquido da indenização, que pode ajudar na manutenção financeira.

O inventário deve ser iniciado no prazo máximo de 60 dias após o falecimento. Uma vez aberto, o pagamento das taxas deve ser efetuado em até 30 dias.

Portanto, o seguro de vida se revela vantajoso ao permitir que os familiares não precisem recorrer a recursos próprios ou vender bens às pressas para cobrir as despesas.

Confira, em vídeo, como o seguro de vida ajuda na sucessão patrimonial:

Qual o melhor seguro de vida para mim?

Como vimos, além da dor da perda de um ente querido, os herdeiros podem enfrentar uma série de desafios para acessar o patrimônio direcionado a eles.

Nesses momentos, o seguro de vida se torna um aliado fundamental, oferecendo liquidez e suporte financeiro imediato aos beneficiários, independentemente do tamanho do patrimônio ou da situação financeira do titular da apólice. Isso ajuda a mitigar riscos, evitar conflitos e minimizar os impactos negativos.

Se você deseja garantir a segurança financeira de sua família diante de imprevistos, o seguro de vida é a solução ideal. Existem diversas opções adaptadas às necessidades de cada pessoa.

Explore as soluções de seguro de vida que a Omint oferece e entre em contato conosco para encontrar a melhor solução para você!

Assine nossa Newsletter

E-mail cadastrado com sucesso