Publicado por Morgana Parisi
O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) é uma condição complexa e multifacetada, que desafia não apenas aqueles que vivem com ela, mas também os profissionais de saúde que buscam oferecer o melhor tratamento possível.
Vamos explorar os caminhos do TAB, buscando esclarecer, apoiar e orientar tanto os afetados por essa condição enigmática quanto seus entes queridos.
O que é o transtorno afetivo bipolar?
O TAB é uma condição de saúde mental que se caracteriza pela alternância entre dois extremos de emoção: a euforia e o abismo da depressão.
Entre esses picos emocionais, podem existir períodos de estado de humor neutro, mas as transições podem ser abruptas e imprevisíveis.
Causas do transtorno bipolar
A causa exata do TAB permanece um mistério, mas há indícios de que a combinação de genética, desequilíbrios bioquímicos e fatores ambientais pode originar as mudanças de humor.
A hereditariedade desempenha papel crucial, sugerindo que o transtorno pode ser passado de geração em geração.
Além disso, alterações nos neurotransmissores, como a noradrenalina e a serotonina, contribuem para a regulação inadequada do humor.
Sintomas e classificação
Os sintomas do transtorno bipolar variam consideravelmente, mas geralmente incluem episódios maníacos, caracterizados por uma energia incontrolável, impulsividade e euforia, alternando com episódios depressivos, marcados por tristeza profunda, falta de energia e desinteresse pela vida.
Entendendo o TAB: fatores biológicos e ambientais
De acordo com Ministério da Saúde, especialistas da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA) e médicos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), o TAB afeta cerca de 140 milhões de pessoas globalmente, com os sintomas surgindo tipicamente antes dos 30 anos, na maioria das vezes entre os 18 e 25 anos.
Esse transtorno é marcado por uma forte ligação genética, com cerca de 80% dos casos tendo um componente hereditário significativo, revelando a complexidade de sua natureza e a importância de uma abordagem compreensiva no diagnóstico e no tratamentos para transtorno bipolar.
O TAB pode ser classificado principalmente em:
– transtorno bipolar I: pelo menos um episódio maníaco completo que pode ser precedido ou seguido por episódios depressivos;
– transtorno bipolar II: caracterizado por episódios depressivos maiores alternados com episódios hipomaníacos, mas sem os sinais do Tipo I;
– transtorno ciclotímico: uma forma mais leve de bipolaridade, com oscilações de humor ao longo do tempo, mas sem episódios maníacos ou depressivos completos.
Diagnóstico
O diagnóstico do TAB baseia-se em um perfil detalhado de sintomas, histórico médico e, frequentemente, informações de familiares próximos.
Avaliações médicas, incluindo exames de sangue e de urina, podem ser realizadas para descartar outras condições.
Tratamento e manejo
O tratamento é personalizado, envolvendo a combinação de medicamento para transtorno bipolar, terapias e mudanças no estilo de vida.
Medicamentos: estabilizadores de humor como o lítio, anticonvulsivantes e antipsicóticos são frequentemente prescritos para gerenciar os sintomas.
Psicoterapia: técnicas como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) ajudam a modificar padrões de pensamento e comportamento.
Apoio educacional e de grupo: aprender sobre a condição e compartilhar experiências com outros pode ser extremamente benéfico.
Vivendo com transtorno bipolar
Viver com TAB requer compreensão, adaptação e uma abordagem proativa para o manejo dos sintomas. Desenvolver uma rotina diária, praticar exercícios regulares, manter uma dieta balanceada e evitar álcool e drogas são passos cruciais para manter o equilíbrio.
Assista ao vídeo da Dra. Yara Prandi, psiquiatra credenciada Omint, sobre alcoolismo e saúde mental e entenda mais sobre o assunto.
O Transtorno Afetivo Bipolar é uma condição desafiadora, mas, com tratamento e apoio corretos, as pessoas podem levar uma vida mais tranquila.
A chave é buscar ajuda, se informar e adotar uma abordagem holística para o manejo da saúde mental.
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